Quem defende terceirização sem limites não merece o respeito do trabalhador

Recentemente foi publicado na imprensa local, em uma revista de entretenimento, artigo assinado pelo deputado estadual e atual secretário de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina, Carlos Chiodini (PMDB), onde ele defende a terceirização e até a quarteirização de serviços. Ser a favor de tal medida é típico de quem nunca trabalhou na vida. Só os privilegiados – aqueles que receberam de mão beijada todos os tipos de benefícios e recursos – são a favor da terceirização. Não entendem e não fazem questão de entender que por trás do trabalho existe o trabalhador, aquele ser humano que trabalha duro todos os dias e que recebe salário de fome. Defender a terceirização como medida capaz de melhorar a nossa economia é um disparate, porque para melhorar a economia de um país é preciso que haja consumo, é preciso repartir a riqueza, promover a distribuição de renda. Com a terceirização apenas o patrão ganha, porque deixa de pagar os direitos trabalhistas e não se responsabiliza com o que pode acontecer com o trabalhador. Em caso de doença, simplesmente é mandado embora, sem direitos porque, regra geral, não terá a Carteira de Trabalho assinada. Já foi, inclusive, comprovado que o trabalhador terceirizado é o que mais adoece, o que menos ganha e o que menos tempo permanece no emprego, além de ter comprometida a aposentadoria e demais direitos trabalhistas. Muito nos decepciona saber que um político eleito por nossa cidade e região, onde a maioria da população é de trabalhadores, tem opinião tão contrária aos direitos e anseios da classe trabalhadora. O projeto de Lei 4330/04 (hoje, no Senado, PLC-30/15), que trata a Lei da Terceirização, está há 12 anos para ser votado. Se aprovado, trará benefícios apenas aos patrões, que aguardam com ansiedade mais uma oportunidade de explorar de forma indiscriminada os trabalhadores brasileiros. Atualmente, temos no Brasil 12 milhões de terceirizados e 40 milhões com contrato formal de trabalho. O deputado-secretário Carlos Chiodini deveria era lutar para melhorar a condição dos que já são terceirizados e não levantar a bandeira da retirada de direitos. É preciso ficar atento aos políticos que se elegem com o voto do povo e não respeitam esse mesmo povo. Intersindical de Trabalhadores de Jaraguá do Sul e Região Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação da Construção e do Mobiliário dos Empregados no Comércio dos Eletricitários dos Metalúrgicos da Saúde dos Servidores Públicos Municipais Em Educação Dos Químicos, Plásticos, do Papel e da Borracha do Vestuário

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