Luta contra reformas, por democracia e direitos é reafirmada em plenária da CNM/CUT

Evento terminou na tarde desta quinta (29). Participantes atualizaram plano de lutas da entidade e propuseram criação do Instituto da Indústria.


Depois de dois dias de debates sobre os desafios da categoria, foi encerrada na tarde desta quinta-feira (29) a Plenária Estatutária da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), que reuniu mais de 120 sindicalistas representando as entidades de base e as federações estaduais filiadas de todo o país.

Entre as principais deliberações estão a luta contra as reformas trabalhista e previdenciária, a terceirização e em defesa dos direitos sociais e dos empregos. A bandeira de luta pelo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho (CCNT), visando a igualdade de direitos entre os metalúrgicos de todas as regiões, também foi reafirmada.

E foi aprovada ainda a proposta de criação do Instituto da Indústria, que será debatida com as demais confederações do ramo, que compõem o Macrossetor da Indústria (MSI) da CUT: trabalhadores químicos, do vestuário, da construção e da alimentação. “O Instituto é uma ferramenta importante para a construção de uma política industrial sob a perspectiva dos trabalhadores”, resumiu Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT, ao referir-se aos debates que levaram à aprovação da proposta.

A atividade aconteceu na sede da Confederação, em São Bernardo do Campo (SP), e, conforme explicou o secretário geral, Loricardo de Oliveira, ela está prevista no estatuto e deve ocorrer na metade do mandato da direção para atualizar o plano de lutas aprovado no último Congresso e para recompor os cargos diretivos.

“Nosso 9º Congresso foi em 2015 e, de lá para cá, houve mudanças drásticas na conjuntura brasileira, que impactou diretamente os trabalhadores. Por isso, para além de cumprir o que determina o estatuto, esta Plenária foi fundamental para definir como enfrentar os novos desafios dos metalúrgicos e da classe trabalhadora depois do golpe”, avaliou Loricardo.

Este segundo dia da Plenária foi dedicado ao debate sobre o plano de lutas baseado nos eixos de atuação da Confederação: Organização Sindical, Política Industrial, CCNT e Lutas Gerais. Pela manhã, os delegados se reuniram em grupo para debater as propostas – todas tendo como parâmetro o plano de lutas aprovado no 9º Congresso.

“Os painéis do primeiro dia também foram importantes subsídios para os debates dos grupos, sem falar no discurso do ex-presidente Lula no ato solene realizado à noite”, assinalou o secretário geral.

Os paineis foram sobre conjuntura nacional e internacional e sobre política industrial e Indústria 4.0 (leia aqui e aqui). E o ato solene marcou a comemoração dos 25 anos de fundação da CNM/CUT (leia aqui).

No encerramento da Plenária, o presidente da Confederação reforçou a importância da atividade para nortear as próximas ações conjuntas da categoria. “Nossa Confederação saiu desta Plenária mais forte e, com certeza, nossos sindicatos e federações se fortalecem também, porque reafirmamos a nossa unidade de ação e a nossa solidariedade de classe, inclusive internacional”, afirmou Paulo Cayres.

A mesa de encerramento contou com a presença do secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo, e de Fernando Lopes, representante da IndustriALL Global Union (federação internacional dos trabalhadores na indústria), além de dirigentes da Federação Interestadual dos Metalúrgicos do Nordeste e do Departamento dos Metalúrgicos de Santa Catarina (as demais federações estaduais foram representadas na abertura da plenária ontem pela manhã).

Loricardo explicou que, em breve, todo o plano de lutas estará disponibilizado para as entidades no portal da CNM/CUT na internet. “Mas a luta já continua amanhã, com o Dia Nacional de Greve e Paralisação convocado pelas centrais contra as reformas e por diretas já. E o slogan de nossa Plenária resume bem a nossa luta: em defesa da democracia, nenhum direito a menos”, finalizou.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)

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