Patrões não apresentam proposta salarial na primeira rodada de negociação coletiva

Próxima rodada acontece às 16 horas do dia 14 de janeiro, no Cejas

O Sindicato dos Metalúrgicos realizou ontem (18) a primeira rodada de negociação visando a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho para o ano de 2020. Mas não houve apresentação de proposta salarial por parte dos representantes patronais. A pauta de reivindicações dos trabalhadores foi aprovada durante Assembleia Geral realizada no dia 23 de novembro, e encaminhada aos patrões na semana seguinte. Em síntese, a pauta inclui a reposição integral da inflação/INPC dos últimos 12 meses (restando ainda o mês de dezembro de 2019, a inflação acumulada está em 3,22%, segundo o IBGE), mais 3% de aumento real a título de produtividade, elevação do Piso Salarial para R$ 1.600,00, auxílio creche de R$ 350,00 mensais, além da renovação das demais cláusulas sociais da atual Convenção pelo período de dois anos. Próxima rodada está agendada para as 16 horas do dia 14 de janeiro de 2020, no Cejas.

O presidente do Sindmet, Silvino Volz, fez uma breve análise de conjuntura, a título de reflexão sobre a realidade da classe trabalhadora brasileira diante dos sucessivos ataques que vem sofrendo, tanto dos governos federais, quando dos patrões. Silvino citou a contrarreforma Trabalhista, a terceirização sem limites, o banco de horas à revelia (medidas adotadas ainda no governo Temer), e o fim do Ministério do Trabalho, o corte nas Normas Regulamentadoras (NRs), a contrarreforma da Previdência, a flexibilização das férias e, mais recentemente, a Medida Provisória 905, que instituiu a carteira verde e amarela, todas medidas adotadas já no governo Bolsonaro.

“Todo dia tem algo contra os direitos dos trabalhadores, parece uma obsessão”, criticou o presidente do Sindmet, “são direitos perdidos ou flexibilizados que trazem dissabores e prejuízos”. Para completar, Silvino lembrou das dificuldades financeiras impostas a todo o movimento sindical dos trabalhadores, com o fim do Imposto Sindical e as restrições em arrecadar a própria contribuição dos trabalhadores em favor da manutenção do Sindicato, aprovada em Assembleia. “Está difícil se relacionar com este governo”, emendou. Para finalizar, Silvino reiterou o interesse de buscar o entendimento nas negociações: “Também se ganha quando não se perde”, disse. Além de Silvino Volz, representaram os trabalhadores metalúrgicos, na mesa de negociação, os companheiros Moacir Schollemberg, Jair Rosenbach, Vilmar Garcia, Rodolfo Jagelsky e Marcondes Frontório.

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