Mais de cinco mil pessoas na passeata contra reforma da Previdência de Temer

O movimento sindical de Jaraguá do Sul e Região participou ativamente do Dia Nacional de Lutas contra a Reforma da Previdência do governo Michel Temer, realizando Ato Público na Praça Ângelo Piazera e uma passeata pelas ruas centrais da cidade, pela manhã, com a participação de mais de 5 mil pessoas. A manifestação contou com o apoio dos servidores públicos municipais que estão em greve contra o pacote de equilíbrio financeiro encaminhado pelo prefeito Antídio Lunelli e que atacam frontalmente diversos direitos da categoria. Durante a passeata, o grupo parou por quase 20 minutos na frente da Agência local do INSS, onde os dirigentes sindicais puderam falar no caminhão de som. A passeata também teve a participação dos trabalhadores nos Correios.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário, Gildo Alves, disse que “o governo federal quer retirar direitos dos aposentados, num primeiro momento, mas o objetivo é passar como um rolo compressor sobre os direitos da classe trabalhadora em geral”. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Fernando Ramos, lembrou que a reforma da Previdência, se aprovada, vai afetar também a vida de filhos e netos dos trabalhadores” e que será “a morte das mulheres, especialmente da mulher do meio rural”. Já o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Almir Alexandre, disse que o “governo Temer é comandado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)” e que existem 101 projetos de lei contra os trabalhadores em tramitação no Congresso Nacional, como a terceirização sem limites e o fim do serviço público. “Nenhum direito e menos”, conclamou Almir.

Ato contra as perícias médicas

Os médicos peritos do INSS, “que ordenam a volta dos trabalhadores doentes ao trabalho, mesmo sem olhar o paciente”, foram os mais criticados durante a breve parada dos manifestantes na frente do INSS. Ali falaram os presidentes dos Sindicatos dos Trabalhadores de Jaraguá do Sul e Região (Intersindical). O diretor e ex-presidente da CUT/SC, Neodi Giachini, lembrou que o Sistema de Seguridade Social existente no Brasil “é o maior programa social existente no mundo e precisa ser preservado”. Neodi fez um breve relato das manifestações contra a reforma da Previdência em Santa Catarina: “São 15 atos massivos no estado, não estamos sós nesta luta”, conclamou.

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