Sindmet inaugura subsede de Guaramirim

 

Jaraguá do Sul – O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Jaraguá do Sul e Região inaugurou na noite de sexta-feira, dia 4 de agosto, a subsede em Guaramirim, que vai atender aos trabalhadores e trabalhadoras da categoria que moram nesse município e também os de Schroeder e Massaranduba. O atendimento à categoria começou nesta segunda-feira, dia 7 de agosto, das 8h30min às 12 horas e das 13h00min às 17 horas, e quem vai administrar a subsede é o diretor Marcondes Frontório. “Os trabalhadores são os grandes responsáveis pela construção da subsede, afirmou o sindicalista, lembrando ainda que o momento é resultado de um desejo antigo da diretoria do Sindmet que finalmente se torna realidade graças ao empenho de todo o conjunto de trabalhadores e trabalhadoras.

 

O prédio é dotado de toda infraestrutura necessária, com salas amplas, auditório com capacidade para 140 pessoas sentadas, estacionamento amplo e acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. São dois pavimentos com espaço para atendimento odontológico, jurídico, homologação de rescisões, cozinha ampla e banheiros.  A intenção, segundo o presidente do Sindmet, Silvino Volz é “promover a aproximação do Sindicato com os trabalhadores e trabalhadoras de Guaramirim, Schoreder e Massaranduba, que são bastante numerosos e merecem esse atendimento”, afirmou Silvino Volz.

 

O diretor Vilmar Garcia, que participou dos primeiros debates sobre a construção da subsede lembrou que foram os próprios metalúrgicos de Guaramirim a reivindicarem a subsede, construída com recursos próprios, resultado da contribuição dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria. “O dinheiro dos trabalhadores foi empregado em prol dos trabalhadores e as contas foram prestadas em assembleias realizadas pelo Sindmet”, ressaltou.

 

Prestígio e reconhecimento

A inauguração da subsede contou com as presenças de lideranças sindicais de Jaraguá do Sul e de outros estados. Todos lamentaram a situação atual que estamos vivendo com a retirada de direitos e a tentativa de enfraquecimento do movimento sindical, promovidas pelo governo ilegítimo de Michel Temer. A ordem agora é resistir e lutar para derrubar as antirreformas e resgatar a dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras, que são os verdadeiros produtores da riqueza de nosso País.

 

Sangue nos olhos

O secretário geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), Loricardo Oliveira lembrou que o Brasil se encaminha para uma nova escravidão, pois aqui “não temos política industrial, os salários são baixos e nem a ditadura militar foi tão longe na destruição dos direitos trabalhistas e civis”. Na avaliação de Oliveira, o desafio é a organização e o enfrentamento e esse enfrentamento deve vir dos jovens trabalhadores e trabalhadoras dentro das fábricas. “O Brasil tem hoje 20 milhões de trabalhadores nas indústrias e devemos contar com eles para  revertermos o ataque aos nossos direitos. Agora é sangue nos olhos”.

 

A presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Jaraguá do Sul e Região, Ana Roeder  também citou a retirada de direitos e a necessidade urgente de articulação e reação do povo trabalhador. “Tiraram 117 direitos da CLT e quando o povo se levantar, o governo cai. Pena que o povo está adormecido”. Ana representou a Intersindical de Jaraguá do Sul e salientou a importância dos Sindicatos de Trabalhadores, “necessários até para assinar a liberação do seguro desemprego”.

 

Para o diretor de formação da CUT/SC Vilmar Osovski a disputa é de classes e a classe trabalhadora tem que saber quem é o inimigo. Da mesma opinião partilha o presidente da Federação dos Metalúrgicos de Santa Catarina, Ewaldo Gramkow. De acordo com ele o momento é de resistência e de enfrentamento. Ele lembrou os 100 anos da primeira greve geral no país, quando os trabalhadores conquistaram a redução da jornada de trabalho, que era de 16 horas por dia. “Temos que começar tudo de novo”. O contabilista José Klein elogiou o Sindmet pela conquista e do patrimônio “de bom gosto”, colocado à disposição da categoria.

 

Campanha salarial

O presidente do Sindmet, Silvino Volz adiantou que em breve a categoria inicia a campanha salarial justamente no momento em que a antirreforma trabalhista entra em vigor e os índices anunciados de inflação são duvidosos. “A reforma trabalhista foi feita sem a participação dos trabalhadores, sem diálogo. Foi feita nos gabinetes para atender ao capital”, explica Silvino, esperando que haja uma resposta da sociedade que, ao que parece, ainda não se deu conta do que está acontecendo. “Todas as categorias estão sendo desafiadas nessa nova conjuntura. Tudo o que é possível nós sempre vamos fazer”, finalizou.

 

Cartilha assédio moral

Na oportunidade também foi lançada a cartilha sobre assédio moral no ambiente de trabalho. Foram confeccionadas 3 mil cartilhas que estão sendo entregues aos trabalhadores e trabalhadoras da categoria. Contém dicas de como proceder e se defender do assédio moral no ambiente de trabalho. Ao final da inauguração os convidados foram brindados com um delicioso coquetel.

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